Instituto Ética Saúde lança o QualIES para avaliar o nível de maturidade dos Programas de Integridade e Compliance de seus associados

Instituto Ética Saúde lança o QualIES para avaliar o nível de maturidade dos Programas de Integridade e Compliance de seus associados

Em uma iniciativa pioneira no setor da saúde, o Instituto Ética Saúde (IES) lançou no mês de fevereiro o QualIES, um programa desenvolvido em parceria com empresas de auditoria que tem como objetivo mensurar a qualidade e maturidade dos Programas de Integridade Corporativa de seus associados.

A iniciativa é importante, pois torna público o comprometimento das empresas do ramo com a ética e transparência nos negócios. Com essa valorização espera-se que essas instituições obtenham melhores negócios, como disse o presidente do IES Gláucio Pegurin Libório no evento de lançamento do programa: “O grande desafio é fazer com que os planos de saúde venham para o IES e que eles reconheçam e escolham como fornecedores as
empresas realmente comprometidas com ética e transparência nos negócios”.

A metodologia é baseada em sete tópicos que são avaliados com notas de 1 até 5, sendo eles:

1. Gestão;
2. políticas e procedimento;
3. treinamento;
4. terceiros/parceiros de negócio;
5. monitoramento e auditoria;
6. registros contábeis/teste de transação
7. Canal de Denúncia

Para Fernando Henrique Zanoni, Sócio-Diretor da CódigoConduta.com e
com forte background profissional atuando em empresas de dispositivos médicos, a proposta
é louvável: “O setor da saúde foi afetado por recentes escândalos envolvendo planos de saúde,
fabricantes, hospitais e profissionais da área. Uma certificação como essa, emitida por uma
entidade séria, com metodologia de avaliação bem definida e cobrindo os principais pilares de
um Programa de Integridade, vem para legitimar o Compliance das empresas e instituições que
realmente estão preocupadas com sua reputação e em empregar práticas de negócio éticas.”

Para saber mais sobre o Programa, acesse o site https://eticasaude.org.br/.

Criminosos cibernéticos gastam 10 vezes mais que as empresas na batalha da segurança cibernética

Criminosos cibernéticos gastam 10 vezes mais que as empresas na batalha da segurança cibernética

Recente estudo aponta que os criminosos cibernéticos estão gastando 10 vezes mais dinheiro encontrando pontos fracos nas defesas cibernéticas das organizações do que as organizações que eles almejam estão gastando em segurança contra ataques.

De acordo com a empresa de software Carbon Black, a comunidade do crime cibernético gasta mais de US$ 1 trilhão por ano no desenvolvimento de ataques, em comparação com US$ 96 bilhões gastos pelas organizações para se proteger deste tipo de ataque. Apesar do Estudo ter como foco principal organizações no Reino Unido, foi possível ter um bom panorama do cenário no resto do mundo.

No total, 92% das organizações do Reino Unido que responderam à pesquisa tiveram seus sistemas violados em 2017 e quase metade dessas foram vítimas de várias ocorrências (entre três a cinco vezes).

Um total de 82% dos entrevistados disseram ter sofrido mais ataques em 2017 do que no ano anterior. No setor de serviços financeiros, 89% disseram que esse é o caso, enquanto 83% das organizações governamentais e 84% dos varejistas também experimentaram um aumento no número de ataques.

O malware (programa de computador destinado a infiltrar-se em um sistema de computador alheio de forma ilícita) foi o ataque mais comum nas organizações do Reino Unido pesquisadas, com cerca de 28% experimentando pelo menos uma dessas tentativas de violação. O ransomware (tipo de software nocivo que restringe o acesso ao sistema infectado com uma espécie de bloqueio e cobra um resgate em criptomoedas para que o acesso possa ser restabelecido) foi o segundo mais comum, com 17,4% relatando pelo menos um ataque.

Para Fernando Henrique Zanoni, Sócio-Diretor da CódigoConduta.com, “a divulgação desse tipo de pesquisa pode ajudar na conscientização do empresariado nacional quanto a importância de se preocupar com segurança da informação, principalmente no atual panorama em que estamos no período de vacatio legis da Lei Geral de Proteção de Dados”.

Para acessar o estudo, em inglês, clique aqui.

Brasil perde dois pontos no Índice de Percepção da corrupção e ocupa a 105ª posição

Brasil perde dois pontos no Índice de Percepção da corrupção e ocupa a 105ª posição

O Brasil teve sua pontuação reduzida no Índice anual de Percepção da Corrupção¹, divulgado pela Transparência Internacional, caindo de 37 (2017) para 35 pontos (2018). Com isso, o país passou a ocupar a 105ª posição no Ranking Mundial, ao lado de países como Timor-Leste, Zâmbia e El Salvador.

A critério de comparação, a Dinamarca, que ocupa o primeiro lugar segundo a metodologia da pesquisa, atingiu 88 pontos. Além disso, as médias global e dos países das Américas são respectivamente, 43 e 44 pontos.

O relatório reforça as impressões de diversos setores da sociedade brasileira. Segundo Fernando Henrique Zanoni, Sócio-Diretor da CódigoConduta.com, a piora do Brasil no Ranking não é surpresa: “Em palestras e treinamentos corporativos, quando apresento o famoso mapa da corrupção, sempre faço menção de que a tendência era de que o Brasil perderia ainda mais pontos a curto prazo, até que efetivamente se instaurassem ações efetivas para acabar com as práticas que já estavam institucionalizadas na Administração Pública direta e indireta. Como se trata de um índice de percepção da corrupção, os desdobramentos das investigações do mensalão e, principalmente, da Operação Lava-Jato, contribuem para esse cenário.”

Conforme mencionado no próprio relatório, “os esforços notáveis do país contra a corrupção podem estar em risco e não foram suficientes para chegar à raiz do problema. Não tivemos nos últimos anos qualquer esboço [efetivo] de resposta às causas estruturais da corrupção no país“.

Dessa maneira, e diante do novo cenário que se vislumbra com a mudança no cenário político brasileiro é possível que o Brasil melhore sua posição, desde que as expectativas se confirmem e que hajam respostas concretas tanto da iniciativa pública quanto da privada no que diz respeito à Gestão de Riscos e Compliance.

Muitos brasileiros ainda veem a corrupção como algo intangível, que está relacionado somente às interações entre agentes públicos e grandes corporações em contratos milionários. Para mudar o panorama, é fundamental entender que a corrupção, infelizmente, está presente no nosso dia a dia e que todas as pessoas e organizações, independente de sua atuação ou porte, são diretamente responsáveis por este triste cenário”, completou Fernando Zanoni.

Para acessar o resultado da pesquisa, completa acesse o link da Transparência Internacional .

 

¹ O Índice de Corrupção Global existe desde 1995 e hoje é considerada uma das mais prestigiosas séries históricas a respeito do tema. A pesquisa foi criada e até hoje é conduzida pela Transparência Internacional, órgão com sede mundial em Berlim e que desde 2016 possui um capítulo (seção) no Brasil. Entre suas principais ações no país está o apoio às 10 Medidas Contra a Corrupção, do Ministério Público Federal.

Santa Catarina sanciona Lei que determina a criação de Programas de Integridade e Compliance nos órgãos Estaduais

Santa Catarina sanciona Lei que determina a criação de Programas de Integridade e Compliance nos órgãos Estaduais

O governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, sancionou, no dia 23 de janeiro de 2019, a Lei Estadual (SC) nº 17.715, que institui a criação do Programa de Integridade e Compliance da Administração Pública em âmbito estadual.

A medida é um importante passo para a inserção de práticas éticas e coloca o quinto maior estado do Brasil, em termos de PIB (Produto Interno Bruto), à frente de vários outros. A nova norma prevê que cada órgão deve desenvolver um Programa de acordo com suas especificidades, em conformidade com a visão mais moderna de Compliance, avaliando os riscos inerentes às suas atividades cultura institucional.

O texto da lei apresenta uma visão geral dos principais pilares de um Programa de Integridade e foca na necessidade de adoção ou sofisticação de controles internos, documentos tais como um Código de Ética e Conduta e canal de denúncias, além de orientar sobre ações de comunicação e treinamento.

Vale ressaltar que cada vez mais governadores estão tomando medidas similares. No Estado do Paraná, por exemplo, o Governador eleito Ratinho Junior tem tratado o tema Compliance na Administração Pública como prioridade e um dos motes de sua gestão.

Para acessar o texto integral da norma, clique aqui.

Investimentos na implementação de um Programa de Compliance podem representar um terço dos custos gerados por sua ausência

Investimentos na implementação de um Programa de Compliance podem representar um terço dos custos gerados por sua ausência

Implementar um Programa de Integridade, ou de Compliance, deixou de ser exclusividade de grandes organizações multinacionais para se tornar uma ferramenta de gestão para empresas de todos os portes e segmentos de negócio. E cada vez mais executivos do alto escalão estão tendo essa percepção.

Contudo, como todo tema relativamente novo, ainda existem alguns mitos em relação aos investimentos necessários para desenvolver ações e adotar ferramentas para sofisticar as ações de Compliance dentro de uma organização e os custos de não fazê-lo.

Nesse contexto, um estudo com 46 empresas chamado de The True Cost of Compliance, realizado pelo Ponemun Institute LLC, traz dados valiosos.

O principal deles diz respeito aos custos relacionados à ausência de investimentos financeiros para desenvolver uma apurada análise de riscos, desenvolver e aplicar um Código de Conduta, implantar ferramentas de Canal de Denúncias e monitorar o desenvolvimento do Programa de Integridade.

Além das possíveis multas e sanções e dos custos reputacionais, restou claro que a falta de Compliance pode acarretar em perdas operacionais e disrupções no negócio. E o custo do “não-Compliance” foi estimado no triplo dos investimentos necessários com a implantação de um Programa de Integridade efetivo.

Para Cynzia Fontana, Sócia-Diretora da CódigoConduta.com, “é melhor prevenir do que remediar. É quase impossível estimar o quanto um escândalo de corrupção ou um notório caso de assédio sexual, por exemplo, pode afetar o seu negócio sob o ponto de vista financeiro, operacional e, principalmente, reputacional. Tanto quanto é difícil apresentar os benefícios intangíveis de ter um Programa de Integridade, relacionado à construção de um ambiente organizacional e institucional ético”.

Nessa mesma lógica, vale ressaltar que os dados do estudo não contemplam as vantagens marginais da existência de um Compliance efetivo, tais como, a melhora na percepção da imagem da empresa perante seus clientes, fornecedores e parceiros de negócio e a contribuição para a concepção de um ambiente de negócios mais íntegro.

O Compliance vai muito além do respeito às normas. Trata-se da necessidade iminente de construirmos uma sociedade mais ética de dentro para fora, a partir das organizações e das instituições públicas. Os benefícios podem até ser de algum modo intangíveis, mas a perenidade e a imagem forte das organizações que adotam Programas de Integridade Efetivos demonstra sem sombra de dúvidas que estamos diante de um novo panorama”, completou Cynzia Fontana.

Dados das empresas participantes da Rede Brasil do Pacto Global mostram prioridades relacionadas ao Compliance

Dados das empresas participantes da Rede Brasil do Pacto Global mostram prioridades relacionadas ao Compliance

O Pacto Global, iniciativa proposta pela ONU no ano 2000 para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social e sustentabilidade, colocam as empresas como protagonistas no desenvolvimento social das nações, contribuindo para a criação de uma sociedade mais justa.

Nesse sentido, foram criados 10 Princípios e 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de engajar as organizações para uma agenda de desenvolvimento.

A Rede Brasil do Pacto Global, grupo constituído por empresas brasileiras que aderem à iniciativa, divulgou relatório anual, denominado “Integração dos ODS na Estratégia Empresarial”, com interessantes insights relacionados ao Compliance para que as premissas da Agenda 2030 sejam atingidas.

Com relação à implementação de ações específicas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), 53% das empresas afirmaram terem priorizado a criação ou revisão do Código de Ética da organização.

Para Fernando Henrique Zanoni, sócio-diretor da CódigoConduta, “ainda que o universo da pesquisa esteja limitado às empresas que de alguma forma já estão comprometidas e informadas a respeito do tema, não representando o ambiente corporativo como um todo, tem-se uma boa ideia da importância dos documentos de integridade para qualquer tipo de negócio que efetivamente se preocupa com sua perenidade“.

O relatório completo pode ser acessado clicando no link a seguir: https://codigoconduta.com/wp-content/uploads/2018/12/Integracao_ODS_Estrategia_2018.pdf

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